sábado, 12 de fevereiro de 2011

Akira Ifukube e a música de Godzilla

Em 1954, Akira Ifukube começou a compor a trilha de um filme que se tornaria uma série, além de um signo eterno associado ao seu trabalho como compositor. Trata-se de ‘‘Godzilla’’ (aka Gojira) uma espécie de dinosauro cinza (não verde) gigante que teve quatro pais-criadores: o diretor Ishiro Honda; o produtor Tomiyuki Tanaka; o diretor de efeitos especiais Eiji Tsubaraya; e o criador da “voz’’ de Godzilla, Akira Ifkube, compondo toda uma saga musical para este magnífico monstro. O nome Godzilla (Gojira) é uma combinação de duas palavras japonesas, “Gorilla’’ (GOrira) e “Whale’’ (kuJIRA). Gojira era de fato, o apelido de um funcionário dos estúdios Toho. Até este presente momento, foram feitos 28 filmes com o Godzilla, e obviamente houve na série outros compositores, mas o mais célebre, por ser o primeiro e o maior contribuidor, é Ifukube. Os sons do rugido e do andar de Godzilla também foram criados por Ifukube, assim como uma série de situações que acabavam por levar o público a identificar e associar determinados elementos musicais à figura do dinossauro. Alguns fãs consideram Ifukube não apenas o criador da “voz” de Godzilla, mas o criador da própria personalidade do monstro, devido ao impacto das músicas em suas fantásticas trilhas. Todas as 12 trilhas foram importantes, é claro, e todas tiveram temas musicais marcantes que foram repetidos muitas vezes, representando situações, comportamentos, e sentimentos expostos na série.

Godzilla

No primeiro filme, ‘‘Godzilla’’ (“Gojira”), de 1954, há seis temas importantíssimos. O “Main Title’’ é a melodia que personificaria a lembrança do Godizilla ao público em geral. Basta ouvir os primeiros acordes do tema inicial e a associação ao monstro é imediata, mesmo porque foi repetida em quase todas as outras trilhas de Godzilla, inclusive nas trilhas de outros compositores para a série. Criatividade sempre foi um elemento que poucos conseguem dominar. E Ifukube já inicia o trabalho na série com um tema maravilhoso, empolgante e memorável, com muita intensidade sonora. Um verdadeiro clássico. Além do marcante “Main Title”, que é executado duas vezes no filme, temos mais cinco temas maravilhosos. “Maru Sinking’’, uma peça sensacional, muito empolgante e memorável; “Frigate March’’, uma marcha que no futuro seria melhor desenvolvida como tema de um outro filme de Godzilla (“Great Monster War’’, de 1965); “Fury Of Godzilla’’, um tema que se tornaria clássico e sempre revisitado nos trabalhos posteriores, aqui numa versão mais lenta; “Devastated Tokyo’’, uma triste mas bonita música; e “Prayer For Peace’’,uma música bem melancólica com um coral ao fundo. Todas essas peças foram executadas duas vezes na trilha do filme, exceto o clássico “Fury Of Godzilla’’, tocado apenas uma vez. Isso era um artifício comum utilizado por Ifukube, auxiliando o público a identificar situações e personagens da história com as músicas. Ifukube também cria momentos minimalistas nesta primeira obra. ‘‘Footsteps’’, por exemplo, é assustador porque mostra ao público o andar e o rugido do Godzilla.

Se a trilha de “Godzilla’’, de 1954, foi completamente original, inovadora e impressionante, não podemos dizer o contrário do próximo trabalho de Ifukube para a série. “King Kong Vs. Godzilla’’ (“Kingu Kongu Tai Gojira”), de 1962, é assustador e também maravilhoso. Os acordes criados para o “Main Title’’ são inesquecíveis. Uma batida e ritmo forte conduzem os acordes, numa marcha cada vez mais agressiva e como alicerce, desta vez, há vocais femininos e masculinos sensacionais que transmitem perplexidade ao ouvinte. Este tema, com os maravilhosos vocais, é executado quatro vezes no filme. Há ainda mais quatro temas desenvolvidos. “The Sparkling Iceberg’’, executado duas vezes, numa performance um pouco minimalista; “Godzilla's Resurrection’’, finalmente surgindo em melhor estado, uma peça que seria um dos temas principais de todos os filmes da série, anteriormente ‘‘rascunhada’’ em ‘‘Fury Of Godzilla’’, no primeiro filme e neste sendo executada cinco vezes; ‘‘King Kong Vs. Godzilla’’, um tema sensacional cheio de vigor em duas seqüências do filme; e “Operation One Million Volts'’, uma melodia lenta e de muita agressividade que seria tocada quatro vezes na película. Esse segundo trabalho foi maravilhoso e surpreendente, ainda que seguindo a mesma linha da primeira trilha desenvolvida para a série.

Godzilla Against Gigan

Em 1964, Ifukube compõe outra célebre e importante trilha para a série: “Mothra Vs. Godzilla’’ (“Mosura Tai Gojira”). Geralmente os fãs ficam bastante divididos em termos de preferências em relação aos primeiros trabalhos de Ifukube na série. Entretanto, há muitos que consideram este seu melhor score para Godzilla. Eu, particularmente, coloco este no mesmo patamar das duas primeiras trilhas. Todavia, há momentos sonoros realmente maravilhosos, que fazem o fã julgá-lo como um trabalho ‘‘único’’ da série. O tema, apesar de ser dividido em duas melodias (a primeira nada mais é que a peça ‘‘Godzilla's Resurrection’’ do filme “King Kong Vs. Godzilla’’, de 1962), revela um pouco antes do seu fim uma melodia fantástica que será desenvolvida no decorrer do filme. Esta melodia de fato corresponde à aparição do monstro Mothra no filme. Além do “Main Title’’, temos quatro temas importantes. “The Giant Egg In The Waters Off Shizunoura’’, executada três vezes na história, revelando momentos de expectativa e entrando em formas de “vinhetas’’; “The Appearance Of Godzilla’’, novamente o tema “Godzilla's Resurrection’’, do filme “King Kong Vs. Godzilla’’, e executado nove vezes no filme (!); a belíssima e clássica “Reflections Of The Little Beauty’’, executada quatro vezes no filme, para no futuro tornar-se uma das marcas registradas da série (na minha opinião, é uma das peças mais lindas que Ifukube trabalhou na sua vida); “Mothra On The Hilltop’’, um incrível tema desenvolvido quatro vezes no filme, com vocais femininos e masculinos maravilhosos numa progressão musical impressionante que termina na catarse alucinante da faixa ‘‘Mahala Mothra’’ (esse tema é outro clássico importantíssimo de Ifukube); e ainda podemos ouvir uma bonita canção, “Mothra's Song’’, que merece ser valorizada. Provavelmente, desta vez, Ifukube explorou ao máximo a junção de elementos musicais clássicos, intrumentais e vocais.

Ainda em 1964, Ifukube trabalha na trilha de mais um filme de Godzilla: “Ghidrah, The Three Headed Monster’’ (“San Daikaiju-Chikyu Saidai No Kessen”). O “Main Title’’, apesar de uma pequena introdução idêntica da peça “Godzilla's Resurrection’’ do filme “King Kong Vs. Godzilla’’, de 1962, tem um elemento musical inovador que marcará a série posteriormente. Trata-se de um aglomerado de dissonâncias fantásticas produzidas por metais que serão repetidas em praticamente todos os filmes da série. Esse tema fica mais claro e fortalecido na peça “Radon From Aso’’, executada 13 vezes neste filme. Obviamente que isso torna a melodia muito familiar aos fãs. Há mais três temas importantes. “Princess Sarno’’, uma melodia transmitindo misticismo e tranqüilidade, mas muito curta; ‘‘Kurobe Valley Theme Song’’, outra peça tranqüila; e uma bonita canção dramática “Let’s Try To Be Happy’’, onde novamente Ifukube explora os vocais femininos. Infelizmente estes três temas, cada um deles executados duas vezes no filme, são ofuscados pelo tema “Radon From Aso’’, repetido exaustivamente 13 vezes no filme. De fato, esta trilha é um pouco mais fraca em relação às três anteriores.

Godzilla Vs. King Ghidorah

O quinto filme onde Ifukube trabalhou na série Godzilla, foi “Great Monster War” (“Kaiju Daisenso”), de 1965. Surpreendentemente, desta vez o “Main Title’’ é uma marcha. Porém, um pequeno rascunho de 40 segundos dessa melodia havia sido feita no primeiro filme, “Godzilla’’, de 1954, denominada como “Frigate March’’. Agora, a peça estava completa e foi executada duas vezes no filme. Há outros três temas relevantes nesta obra. “The P1 And Jupiter’’, desenvolvido cinco vezes no filme, é uma peça curta refletindo mistério e elementos um pouco minimalistas; “Washigasawa And Lake Myoujinko’’, uma empolgante obra que infelizmente é muito curta e só é executada uma vez no filme; e “The 3 Monsters On Planet X’’, um tema executado quatro vezes, que na verdade se trata de uma junção de três outros temas executados anteriormente – ‘‘Fury Of Godzilla’’ (“Godzilla’’, de 1954) + “Godzilla's Resurrection’’ (“King Kong Vs. Godzilla’’, de 1962) + ‘‘Radon From Aso’’ (‘‘Ghidrah, The Three Headed Monster’’, de 1964). É um bom trabalho de Ifukube, mas inferior às quatro trilhas anteriores.

O sexto filme da série, no qual Ifukube trabalhou, foi “Destroy All Monsters’’ (“Kaiju Soshingeki”), de 1968. Infelizmente há apenas três temas importantes nesta trilha. O primeiro é o “Title Credits’’, no início do filme, que de fato é uma outra marcha bem típica ao estilo de Ifukube. Este tema é executado quatro vezes. O segundo tema relevante é ‘‘Moon Base’’, uma peça que explora uma sonoridade espacial, desenvolvido seis vezes; e ‘‘The 4 Monsters Attack Tokyo’’, um tema executado oito vezes no filme, tratando-se novamente da junção de dois outros temas anteriores, ‘‘Fury Of Godzilla’’ (“Godzilla’’, de 1954) e “Radon From Aso’’ (“Ghidrah, The Three Headed Monster’’, de 1964). Novamente um trabalho inferior às demais trilhas da série compostas pelo mestre. Mesmo assim, é uma obra para ser considerada.

Great Monster War

‘‘Godzilla Against Gigan’’ (“Chikyu Kogeki Meirei-Gojira Tai Gaigan”), de 1972, é o próximo empreendimento musical de Ifukube para a jornada de Godzilla. O “Main Title’’ é outra marcha, mas desta vez num andamento melódico bem dissonante e de difícil memorização, tocado duas vezes no filme. Há mais cinco temas de destaque neste filme. “Monster Island’’, executada duas vezes, é um tema mais simples numa composição de ritmo mais moderado; “Identity Check’’, uma marcha interessante porém mais simples se comparada às outras marchas de Ifukube; “The Defense Corps Swings Into Action’’, tocada duas vezes, é a mesma marcha utilizada no ‘‘Title Credits’’ em “Destroy All Monsters’’, de 1968; ‘‘Space Monster’’, é o mesmo “Main Title’’ de “Ghidrah, The Three Headed Monster’’, de 1964, e desta vez é executado cinco vezes; e finalmente há um tema incomum utilizado para terminar um filme de Godzilla, uma marcha cantada chamada ‘‘Godzilla March’’. Talvez este seja o trabalho mais fraco entre todos realizados por Ifukube, na série do Godzilla.

Ghidrah, The Three Headed Monster

Em 1975, Ifukube compõe a trilha de “MechaGodzilla's Counterattack’’ (“Mekagojira No Gyakushu”). Desta vez, a criatividade brota em total liberdade nas veias de ifukube e ele cria quatro sensacionais temas. “Main Title’’, executado quatro vezes no filme, é uma junção do famoso tema de abertura do primeiro “Godzilla’’, de 1964, com mais dois novos temas ('’Akatsuki One In Distress’’ e “MechaGodzilla II’’), que serão desenvolvidos no decorrer da aventura. “Akatsuki One In Distress’’, é um tema forte, lento, pesado, que é executado isoladamente 10 vezes no filme, em algumas formas de variação. “MechaGodzilla II’’, é outro grande e intenso tema, desenvolvido três vezes no filme. E por fim temos ‘‘Dr. Mafune's Past’’, uma peça executada com órgão, bem melancólica, tocada duas vezes no filme. Este trabalho de Ifukube é digno de ser incluído no patamar das três primeiras trilhas.

Mothra Vs. Godzilla

16 anos após “MechaGodzilla's Counterattack’’, de 1975, Ifukube retorna e recomeça sua jornada musical na série Godzilla, para alegria dos fãs ortodoxos. O estúdio Toho, que produzia os filmes de Godzilla, sempre permitiu que outros compositores incluíssem temas das trilhas de Ifukube na série, e obviamente que na maioria das vezes ele não era consultado para isso e não ganhava nada também. Isso irritava muito Ifukube e ele simplesmente seguiu o conselho de sua filha: “Olha pai, não importa o quanto você tente escapar dos filmes de Godzilla, o pessoal da Toho vai sempre explorar você de algum modo. Então, por que não retornar e fazer você mesmo as músicas para essa série?’’ Assim, para o deleite dos fãs, Ifukube retorna com uma esplendorosa trilha em 1991: “Godzilla Vs. King Ghidorah’’ (“Gojira Tai Kingu Gidora”). O “Main Title’’ é assustador, fantástico e surpreendente, é um dos melhores temas de abertura que Ifukube poderia ter realizado para a série; é executado brilhantemente três vezes na trilha. Além do ’’Main Title’’, há mais seis temas que merecem destaque - aliás, Ifukube realmente estava inspirado quando fez essa obra. “Remembering Lagos Island’’, é um tema que gera expectativa e é executado três vezes no filme; há duas marchas distintas no filme, ‘‘Lagos Island 1944’’ e ‘‘The Garrison Charges’’, esta segunda é uma das melhores marchas que Ifukube realizou; ‘‘Farewell To The Dinosaur Godzilla’’, uma triste, porém bela melodia; ‘‘Godzilla Comes Ashore In Hokkaido’’, uma releitura do primeiro e popular “Main Title’’ de “Godzilla’’, de 1954, sendo executada três vezes no filme; e “Communication’’, uma peça bem melancólica, porém belíssima, interpretada duas vezes no filme. Obviamente que este é um dos melhores trabalhos de Ifukube para a série Godzilla, bem como de todo o conjunto de sua obra, e está no mesmo nível de suas três primeiras trilhas para a série.

King Kong Vs. Godzilla

“Godzilla Vs. Mothra’’ (“Gojira Tai Mosura”), de 1992, trata da ‘‘revanche’’ dos dois monstros, Godzilla e Mothra. Assim, Ifukube simplesmente fez uma releitura da trilha de “Mothra Vs. Godzilla’’, de 1964. De fato, há música inédita, mas apenas trechos de pontuações de cenas. Todavia, a maior parte do tempo temos todos os fantásticos temas do filme “Mothra Vs. Godzilla’’, de 1964: o “Main Title’’ de “Godzilla Vs. Mothra’’ é o mesmo “Main Title’’ de “Mothra Vs. Godzilla’’; “The Legend Of The Cosmos’’, é o belíssimo e inesquecível tema “Reflections Of The Little Beauty’’, desta vez sendo executado oito vezes; ‘‘Mothra's Song’’, está presente novamente; e a inesquecível e empolgante canção ‘‘Mahala Mothra’’, é executada duas vezes neste filme, mas de uma maneira mais reduzida, infelizmente. Temos ainda mais dois temas executados nesta trilha que seriam releituras do passado. Um deles é “The Appearance Of Godzilla’’, novamente o tema do primeiro “Main Title’’ de “Godzilla’, de 1954, executado duas vezes agora. O outro é “Mesa March’’, uma incrível marcha que é uma junção de duas outras marchas, “Operation L, March’’, composta para o filme “Frankenstein's Monsters Sanda Vs. Gailah’’ (“Furankenshutain No Kaiju-Sanda Tai Gaira”), de 1966, e o “MainTitle’’ do filme de Godzilla, “Destroy All Monsters’’, de 1968. Se por um aspecto este trabalho não é totalmente inédito, por outro lado, esta trilha de Ifukube é uma considerável releitura a ’’Mothra Vs. Godzilla’’, de 1964.

Godzilla Vs. Mothra

O penútltimo trabalho de Ifukube para a série, “Godzilla Vs. MechaGodzilla”, (“Gojira Tai Mekagojira”), de 1993, é outra surpresa maravilhosa aos fãs. O poderoso “Main Title’’ é mais do que impressionante, é grandioso ao extremo, além de ultra original. Assim como o “Main Title’’ de “Godzilla Vs. King Ghidorah’’, de 1991, este tema também leva o ouvinte para os caminhos da perplexidade. Ele é executado seis vezes no filme. Há mais cinco temas interessantes ainda. “The G Force Training Center’’, uma empolgante marcha desenvolvida seis vezes; “Baby And Azusa’’, uma bela e lírica peça que é executada seis vezes também; “From Miki To Baby’’, uma melancólica música cantada por um belíssimo coral de vozes, tocada duas vezes no filme; o tema ‘‘Godzilla's Theme’’, novamente refeito do original “Godzilla’’, de 1954; e “The Appearance Of Radon’’, desenvolvido 13 vezes (!), sendo na verdade o popular e clássico “Main Title’’ de “Ghidrah, The Three Headed Monster’’, de 1964. Talvez fosse um exagero repetir 13 vezes um tema composto para outro filme da série, ainda mais sendo um dos principais e memoráveis temas de Godzilla, entretanto isso não prejudica este trabalho de Ifukube. “Godzilla Vs. MechaGodzilla” não é tão fantástica como “Godzilla Vs. King Ghidorah’’, de 1991, mas é uma grande obra mesmo assim. Digna de estar no mesmo patamar.

Godzilla Vs. MechaGodzilla

E em 1995, infelizmente temos o último trabalho de Ifukube para os filmes de Godzilla: “Godzilla Vs. Destroyer’’ (“Gojira Tai Desutoroia”). O “Main Title’’ tem um ligeiro movimento melódico do tema “Godzilla's Resurrection’’, da trilha de “King Kong Vs. Godzilla’’, de 1962, mas depois é revelado um novo tema, por sinal fantástico e assustador, denominado de “The Destruction Of Hong Kong’’. Este tema tem uma progressão bem lenta até eclodir numa atmosfera musical de dissonâncias impressionantes, sendo executado 14 vezes no filme! Além desta peça, temos mais dois temas inéditos: “The Oxygen Destroyer’’, um modesto mas belo tema com uma melodia tranqüila; e ‘‘The Special Forces Swing Into Action’’, uma agitada e interessante marcha, executada duas vezes no filme. Ainda podemos ouvir três temas que são releituras: o melancólico e belo ‘‘Little Godzilla Is Still Alive’’ que nada mais é do que a peça “Baby And Azusa’’, de 1993, do trabalho anterior “Godzilla Vs. MechaGodzilla”; a marcha “Maser Tank Cryogenic Attack’’, executada duas vezes, que é novamente a reunião de outras duas marchas compostas por Ifukube (‘‘Operation L, March’’, composta para o filme “Frankenstein's Monsters Sanda Vs. Gailah’’, de 1966; e o “MainTitle’’ do filme de Godzilla, “Destroy All Monsters’’, de 1968); e “Godzilla Vs. Destroyer’‘, na verdade nada mais do que o primeiro “Main Title’’ de “Godzilla’’, de 1954, regravado pela última vez numa trilha de Godzilla por Ifukube. Assim como “Godzilla Vs. MechaGodzilla”, de 1993, “Gojira Godzilla Vs. Destroyer” está um ou dois degraus abaixo de “Godzilla Vs. King Ghidorah”, de 1991. Todavia, é mais uma obra prima maravilhosa que fecha esplendidamente a longa jornada musical de Ifukube, em relação à série Godzilla.

Godzilla Vs. Destroyer

Foram 12 trabalhos desenvolvidos em 41 anos; um longo e maravilhoso caminho sonoro, conduzindo o monstro mais popular do cinema japonês. 12 obras que serão eternamente associadas ao mestre Akira Ifukube.

Fonte; http://www.scoretrack.net

2 comentários:

Carlos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos disse...

Amigo, sem problemas de voce postar o meu texto (sobre Akira Ifukube-Gojira), mas vc também poderia fazer a gentileza de escrever no seu blog o nome do autor do texto no final dele...rs.
Abraço!
Carlos Fiorelli

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