O passo incerto, a mão gélida... E uma insaciável fome de carne humana!Sybil Browning escapa por um triz de seu marido morto-vivo e o único que pode ajudá-la é Dylan Dog, um bizarro detetive tocador de clarinete e com um particular interesse por casos sobrenaturais. Ao lado do seu inseparável ajudante Groucho, seguirá os passos da morte até o povoado de Undead para desvendar um mefistofélico mistério... Por 50 libras por dia mais despesas, é claro.
Eis uma daquelas histórias que nenhum quadrinhófilo pode deixar de ler. Publicada originalmente em 1986, na Itália e duas vezes no Brasil, uma pela Editora Record em 1991 e outra pela Conrad em 2001, O Despertar dos Mortos-Vivos (no original: L’alba dei morti viventi) é a primeira, entre todas as histórias do Investigador do Pesadelo, que revolucionaria os quadrinhos de seu país.
Criado por Tiziano Sclavi em 1986, Dylan Dog tornou-se um sucesso quase imediato. Rapidamente, os números originais viraram edições caras e raríssimas. Ganhou reedições em tempo recorde. Foi patrono de um festival de terror, o Dylan Dog Horror Fest. Tiziano e seu Dylan chegaram a ponto de, em dado momento, realizar o impensável, superar em vendas o inexorável Tex Willer, maior herói dos gibis na Velha Bota. E não apenas isso. Dylan Dog fez muito mais, atingiu em cheio o coração dos jovens italianos, transformou-se em símbolo, ídolo e exemplo para uma geração, algo que poucas HQs jamais conseguiram. Aqui no Brasil, ao contrário, o pobre Dylan teve de lutar muito para se manter em bancas, até seu último cancelamento. De certa maneira, reafirmando que cada quadrinho está ligado à sua terra natal.
Não só por seu valor histórico, esta é uma edição memorável também devido à alta qualidade imprimida em si pela dupla Sclavi & Stano.Logo no início nos deparamos com uma instigante e extremamente tensa seqüência de suspense, mas é só no que vem em seguida que encontraremos os elementos essenciais das histórias de DYD. A cena é marcante: pela primeira vez (ou não, se você já conhece a obra dos Irmãos Marx) vemos Groucho, o louco ajudante de Dylan, cuspindo piadas como uma metralhadora cospe balas. Vamos então sendo guiados, entre bizarras figuras de monstros e criaturas sobrenaturais, até um detetive franzino e excêntrico, e que vejam só, é o tão falado Dylan Dog, protagonista da história. E um grande protagonista, diga-se de passagem.
A partir saí somos levados (levados sim, pois a esta altura parar já não é possível) por uma mais que envolvente e divertidíssima narrativa, como só um roteirista do quilate de Tiziano Sclavi poderia fazer, misturando horror, humor, e o mais puro nonsense (que, nas histórias como “Morgana”, transformar-se-ia em surrealismo). O resultado é simplesmente genial.
Para desenhar, impossível outro que não Angelo Stano. É incrível, e talvez ímpar, como um desenhista poderia se encaixar tão bem num personagem. Dylan parece ter sido feito sob medida para a peculiar arte de Stano. Ou mesmo o contrário, os desenhos de Stano feitos exatamente para um dia desenhar DYD.
Com a leitura da história, nota-se como a HQ, apesar de estar repleta de personagens enigmáticas e misteriosas, teve suas características relativamente bem definidas desde o início. Está tudo lá, com pouquíssimas exceções, desde o clarinete e o galeão, passando pelo splatter e a onipresente ironia, até as referências literárias, cinematográficas e musicais. A começar pelo título, que referencia O Despertar dos Mortos, filme de George Romero e que Dylan defende como não sendo uma nojeira.
Outro exemplo de citações, só para ficar nas mais óbvias, é quando Dylan revela já ter assistido Um Lobisomen Americano em Londres quatorze vezes ou quando bota para tocar a música-tema dos Caça-Fantasmas.
Em janeiro de 2009, inicia-se as filmagens de Dead of Night, adaptação para o cinema americano dos quadrinhos de Dylan Dog, que será dirigido por Kevin Munroe (Tartarugas Ninja, o retorno) e protagonizado por Brandon Routh (Superman - O Retorno)
Munroe explica que a trama será uma história de origem, mas uma que começará com o o detetive do desconhecido afastado. "Ele está no fundo do poço no começo. Ele já deixou aquela vida que acompanhamos nos quadrinhos. O filme todo é sobre como ele volta ao topo", concluiu.
Brandon Routh: O Dylan Dog no cinema.
E quase certo que sera uma bomba, assim como acabaram com o Jonh Constantine também irão ridicularizar o detetive do pesadelo nos cinemas...
É uma pena que Dylan será adaptado aos cinemas pelos americanos, por tanto devemos esperar o mínimo possível em complexidade e uso de toda a mística envolta dele, e nos contentarmos com um reles divertimento, mas nem por isso, o filme Della Morte Della More, baseado num livro de Tiziano Sclavi, é quase um filme do Dylan, até porque o papel principal é de Rupert Everett, que inspirou o visual do personagem, toda sua mística está ali e o melhor: tratado com todo o carinho que só cinema independente pode dar.
Rupert Everett: Seria o Dylan Dog perfeito!
Downloads de algumas edições em português do Dylan Dog;
Dylan Dog #01 a #04
http://www.esnips.com/web/Dyland/
Dylan Dog Especial - 20 Anos
http://www.mediafire.com/download.php?7jckizt92z1
Dylan Dog & Martin Mystère: Última Parada, Pesadelo
http://www.mediafire.com/download.php?9tkjmauzmk9
No youtube circula uma animação até legalzinha baseada na primeira historia do Dylan Dog,
confiram;
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